terça-feira, 10 de maio de 2016

Quem somos?

Olá!

    Somos quatro mulheres unidas pelas experiências da maternidade. Nossos caminhos se cruzaram na busca por nascimentos respeitosos, busca essa que fora mobilizada pelas nossas diferentes vivências. Enquanto algumas de nós vivenciaram nascimentos respeitosos e desejavam ter meios de promover isso para outras mulheres, bebês e famílias, outras de nós viveram situações de violência e, por não desejarem essas vivências para outros, também queriam meios de promover mudanças.
    Juntas retomamos e integramos o Projeto Gesta, um projeto voluntário, o qual anteriormente havia iniciado com a parceria da Lucilene e da Elizangela Catani Zuffo, nossa parceira até hoje.
    A ideia de formar um grupo de apoio à Maternidade Ativa, tomou corpo ao longo de mais de um ano, e atualmente compartilhamos informações científicas embasadas, com o objetivo de acolher e aproximar famílias que buscam vivenciar de forma ativa a gestação, o parto e o desenvolvimento dos vínculos familiares.
    Acreditamos e almejamos que, deste modo, junto com o nascimento dos filhos, nasçam famílias conscientes e seguras de suas decisões.



Quer saber um pouco mais sobre nós, coordenadoras do Gesta Pato Branco? Lê aí:

- Meu nome é Lucilene, sou psicóloga graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2008 e lá, além de disciplinas vinculadas à Psicologia da Gravidez, família e desenvolvimento humano, pude atuar por um ano na Maternidade do Hospital Universitário da UFSC com, entre outras demandas, acompanhamento emocional do processo de parto e nascimento e com estimulação da vinculação mãe/pai-bebê. Entre outras, tenho formação em Psicologia Hospitalar e sou Mestre em Desenvolvimento Regional. Por quase 5 anos atuei como Psicóloga Escolar e também como professora de graduação em Psicologia, e há 7 anos atuo em meu consultório. Sou casada e tenho uma filha. Minha bebê nasceu aqui em Pato Branco, por meio de um parto normal hospitalar e humanizado. A compreensão teórica e a experiência prática da minha formação me deram base para eu saber, muito antes de engravidar, como queria ter meu bebê. Isso, informação e um tanto de preparo, somado ao fato de encontrar profissionais dispostos a humanizar e ter formado uma equipe com minha bebê e meu marido, fez com que o parto fosse de acordo com o que eu e meu marido considerávamos ser o mais adequado para nossa filha e eu. Montar esse grupo é um sonho que se realiza por acreditar que precisamos de segurança emocional, que devemos ser protagonistas de nossas vidas e contribuir para a coletividade, que compartilhar informações possibilita conhecer e quem conhece é capaz de fazer escolhas mais adequadas e seguras para si e aos seus. Isso exige conhecimento de si, informação baseada em evidências e uma rede de apoio. Esta pode ser formada também pelo Gesta. Vem!?

- Eu sou a Denize, mãe, fisioterapeuta e doula. Minha história profissional e pessoal se misturam, sou casada com o Ivan Bonaldo, também fisioterapeuta, e juntos temos uma clínica. Nossa filha chegou há dois anos e nasceu em uma cesárea necessária intra-parto, e foi ela e toda a transformação que a maternidade me trouxe que me uniu a esse grupo. Durante minha gravidez tive contato com o mundo da Humanização e assim planejei meu parto, mas como tudo na vida e principalmente na maternidade, aprendi que não temos total controle dos acontecimentos e o parto não foi como eu havia sonhado, mas foi como precisava ser naquele momento. Levei um bom tempo para digerir tudo o que aconteceu, e nesse processo vi que a presença de uma doula me fez muita falta e poderia, talvez, ter mudado o rumo dos fatos, por isso decidi fazer o curso de Doula, pelo Gama (Grupo de Apoio a Maternidade Ativa) em Cascavel. Acredito que o amor é capaz de mudar o mundo, e é esse sentimento que me move em busca de partos respeitosos, recepções amorosas aos bebês e muito apego na criação, e é isso que buscamos através do Gesta.

- Oi! Eu sou a Carla, mãe do Bento que nasceu em 2014 e maravilhosamente transformou minha vida. Mas o inicio da minha maternagem foi turbulenta! Durante a gestação tinha a certeza de querer um parto normal natural, sem aquelas intervenções desnecessárias e aterrorizastes que tinha conhecido durante minha formação em Fisioterapia. Estudava dedicadamente como amamentar pois sabia que seria difícil. Me dediquei ao quartinho e ao enxoval como uma capricorniana perfeccionista! (Ah se eu soubesse que isso era dispensável!) Quase tive meu sonhado parto, mas acabei em uma cesárea digna de filme de terror. A amamentação foi muito sofrida, tive muitas "orientações" equivocadas que resultaram em uma alergia à proteína do leite de vaca - APLV no meu filho e um quase desmame precoce. Tive a bênção de um anjo bater em minha porta e me ajudar! Em meio ao puerpério e toda a turbulência que estava enfrentando na minha vida, me dediquei a estudar e entendi que eu deveria ter me informado mais sobre o parto e os cuidados com o meu bebê, que a escolha deveria ter sido minha, era o meu corpo, meu filho e minha responsabilidade. Entendi que o sistema nos coloca como passivas, de forma aceitar o que nos é imposto, sem questionamentos. Temos uma falsa ideia de escolha, mas na verdade você só tem escolha quando conhece todas as suas opções. Toda essa experiência despertou em mim o desejo de querer ajudar, apoiar, acolher e orientar outras mães. Desde então, estou trabalhando no grupo Gesta.

- Sou Luciele, mãe da Naiara, Theo e Helena. Me formei Médica Veterinária em 2012 e logo em seguida iniciei Pós Graduação em Gestão da Qualidade em Alimentos. Neste meio tempo engravidei do Theo e fui apresentada pelo "destino" ao Parto Humanizado. Lutei com todas as armas disponíveis por um nascimento respeitoso para nosso segundo filho e uma experiência amorosa para nossa família. E assim foi. Theo nasceu de Parto Normal Humanizado após uma cesárea, e foi lindo renascer junto dele. A vivência foi tamanha, que ganhou meu coração e virou "bandeira". Foi a partir do nascimento do Theo que a minha concepção de vida e mundo se transformou. Consegui perceber o quão valioso é para a mulher se sentir acolhida e respeitada neste momento tão singular da sua feminilidade. O quanto isto se reflete no seu puerpério e na nova vida que a aguarda. Na sua nova personalidade, no seu Eu Mulher. Hoje, com novos rumos e metas, passei a ter como propósito, colaborar para que vivências tão ricas como a minha possam ser vividas por muitas famílias. Para isto, me formei recentemente Doula e também Consultora em Aleitamento Materno, minha ocupação atual. Dei início, também, a uma nova graduação: Psicologia. Assim, sigo feliz e repleta de gratidão à cada porta aberta. Me sinto enaltecida por cada família que me oportuniza auxiliar na formação de vínculos amorosos e experiências positivas.